Artigo policial
Breve intróito: se a violência ”aceitável” da guerra, mal “necessário” enquanto o homem ainda guarda em si resquícios do ser selvagem que já foi, já preocupa os profissionais da própria guerra, ou seja, aqueles que são preparados para matar e morrer, é sinal que é chegada a hora da civilização humana dar um significativo salto na evolução do uso do dom maior de que é dotada, a inteligência. Se isso é fato para os militares, com muito mais razão dever ser para os policiais. Ambas as instituições têm finalidades diametralmente opostas. Enquanto o uso da violência bélica para os militares sempre foi meio de êxito profissional e institucional, para a polícia, no entanto, isso jamais foi tolerado. Ora, o lema histórico da polícia (que vem até na raiz da palavra, do conceito polícia): “proteger e para servir” vem de exigir nova mentalidade e nova tecnologia policial para ser mantido vivo num ambiente cada vez mais hostil e desfavorável, como temos hoje. Asmoderníssimas tecnologias das armas, munições e equipamentos não-letais, ou menos letais garantem essa preservação da força moral e prestígio da polícia, desde que seu uso se dê a partir de nova concepção de formação policial. È dessa urgente necessidade - de acertar o passo com mundo atual - que vamos nos ocupar neste ensaio. Entendendo o conceito de armas não-letais: tecnologia de armas não-letais começa a partir do conceito de guerra não-letal. Isso tem início com fim da guerra fria e mais precisamente com a queda do muro de Berlim. A guerra pesada entre as forças do Pacto de Varsóvia e da OTAN, enfim não correu. A política de guerra norte-americana, conhecida por MAD2, da relativa segurança nacional baseada na ameaça velada de que o mundo pode acabar se nos atacarem, tal o poder destrutivo do nosso arsenal atômico, parece ter dado certo e mantido o delicado equilíbrio bipolar do