Arte na educação infantil
1. Introdução
Vale à pena esclarecer que o ensino da arte nas escolas restringia-se apenas ao ensino do desenho geométrico e artístico, com um sentido utilitário de preparação técnica para o trabalho, pois visa o encaminhamento do estudante para a vida profissional, principalmente para as atividades das fábricas (serviços artesanais). Interessante dizer que, naquela época vigorava uma Pedagogia Tradicional, em que o professor era considerado o detentor da verdade, aquele que buscava transmitir um conhecimento, via de regra, adquirido por ele também de forma tradicional. O professor representava autoridade institucional, sendo, também, o pregador da disciplina e da ordem. O aluno era considerado uma tabula rasa, um objeto a ser esculpido, pois era entendido como passivo e receptivo em relação ao conhecimento. Acumulava, sem questionamentos, os saberes recebidos, cuja aplicabilidade ocorreria apenas no âmbito da escola, da sala de aula. O professor que encaminhava os conteúdos de artes tinha a finalidade de treinar a vista e a mão do aluno para a realização dos desenhos. Podemos observar que, ainda hoje, na abordagem de muitos professores, a cópia e a repetição são práticas comuns no ensino das artes, visando como resultado, com exercício e treino do aluno desenhos perfeitos ou iguais aos modelos propostos. Desse modo, ainda encontramos o ensino das artes resumido em: Desenho Geométrico, com ênfase em datas comemorativas, na produção de presentes (para o dia das mães e pais) e animações de celebrações cívicas. A partir de 1930, surgiu no Brasil a Pedagogia nova, também denominada de Escola Nova, que também influenciou o ensino da arte. Nessa tendência escolanovista, o professor era considerado o grande incentivador do desenvolvimento livre espontâneo do aluno. O centro do processo ensino-aprendizagem passa do professor ao aluno. Mas, nesse período, o que era mais