Arquitetura
A intrusão da "lógica comercial", antecede qualquer estágio da produção; constitui mesmo pré-condição do processo de produção do projeto arquitetônico.Diferentes estratégias elaboradas na procura (e, ou disputa) pela oportunidade de trabalho são apontadas pelos arquitetos nas revistas especializadas na área; assim, projetar todos os trabalhos considerando-os de forma singular, "obra única", participar de concursos, criar e desenvolver projetos atentos a qualidade de todas as etapas, são ações concretas consideradas necessárias na busca de novos trabalhos.
Os arquitetos da equipe de Hermano Freitas afirmam: "o grupo encara cada projeto como oportunidade para realização de uma obra única, ao mesmo tempo que reconhece nessa postura um dos fatores fundamentais de sobrevivência profissional frente a um mercado oscilante como o nosso". Diante dessa questão, o arquiteto representante do escritório Itapeti informa que "não dá para ficar sentado a espera de trabalho, temos que fazer" e justifica essa colocação por compreender que " (...) o próprio projeto representa o elemento gerador, o eixo central da produção da equipe e da carteira de clientes. Como círculos concêntricos, o trabalho tende a multiplicar-se a partir da obra construída. (...) ´sempre existe alguém a observar uma casa, uma construção, depois vai perguntar ao mestre-de-obras - quem fez? E, finalmente, acaba batendo na porta do escritório para pedir outro projeto”.
Não se trata de fazer por estar fazendo arquitetura, postura considerada perigosa, um risco a ser vivido no mercado. É importante, destacar alguns depoimentos, estar atento aos "diferenciais de trabalho" (ou a qualidade do trabalho) quer seja para expandir as atividades ou sobreviver em épocas de crise. Nesse sentido Ronaldo Rezende propõe um trabalho diferençado: " (...), nós, profissionais, devemos manter uma postura autocrítica em relação as nossas condições de competitividade