Aprender e ensinar ciencias no ensino fundamental
GUERRA, Denise Moura de Jesus - UFBA
GT: Educação Fundamental / n. 13
Agência Financiadora: Não contou com financiamento.
Quer considere os homens com bondade ou malevolência, encontro-os sempre, a todos e a cada um em particular, empenhados na mesma tarefa: tornar-se úteis à conservação da espécie. E isto não por amor a essa espécie, mas simplesmente porque não há neles nada mais antigo, mais poderoso, mais impiedoso e mais invencível do que esse instinto... porque esse instinto é propriamente a essência da nossa espécie, do nosso rebanho.
Nietzsche
Durante mais de dois séculos, a ciência se notabilizou pelo acesso privilegiado a uma realidade objetiva, independente, dada, cuja lei de funcionamento se situa no universo e torna-se objeto de descoberta. Um princípio universal que comporta a expulsão do local e do singular. Essa ciência, hoje, considerada tecnociência, se apropriou dos princípios de previsibilidade, controle, regularidades para explicar todos os fenômenos – do universo ao homem – através da comprovação da verificação e da descoberta.
A história nos mostra que seu curso tem se configurado por uma multiplicidade de eventos complexos, caóticos e imprevisíveis, distantes da pretensão simplista de alguns seres humanos de explicar os fenômenos humanos, terrenos e cósmico. A ciência moderna, instituída, hegemonicamente, no ocidente desde o século XVII, presa a um único caminho epistemológico, ignorou a rede labiríntica, intrínseca ao desenvolvimento do homem e do universo, no sentido de dominar o seu entorno – do mais próximo ao mais distante – através do ato manipulativo de dados e resultados, da experiência e da fragmentação. Essa prática produziu tanto positividades quanto negatividades.
Nosso objetivo nesse trabalho é pensar a ciência como uma entre outras formas de construção humana, que tem importância, mas não se perfila como única, nem