anne_cauquelin_-_arte_contemporanea__uma_introducao-libre
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2. BloqueioSegundo a autora, não se pode sair de uma rede uma vez que está nela conectado, assim como cada entrada é por si mesma, seu começo e seu fim (ou seja, cada parte da rede é virtualmente uma rede total). Desta forma, é possível notar o bloqueio gerado pela extrema extensibilidade que a rede proporciona.
A rede além de possuir memória, ela é tautológica, ou seja, a própria rede se repete indefinidamente, com diversos canais, reproduzindo sempre a mesma mensagem nas diferentes versões técnicas, sendo esta: “Há uma rede e você está exatamente dentro dela”. Logo nota-se a impossibilidade de saída, nomeado, pela autora como bloqueio, este além de ser sinal de autonomia, assinala os limites de um exercício.
3. Redundância e Saturação
A redundância assegura a manutenção da rede, mas também a condena por saturação, conforme Anne Cauquelin cita: “Da mesma maneira que uma proposição necessita de certa taxa de redundância para ser compreendida e se torna inaudível se essa taxa for ultrapassada, o sistema rede também se torna inutilizável passada uma determinada taxa de repetição”.
Há no sistema-rede uma falha a qual não permite que saia de si mesmo, sendo assim, ele impõe uma redistribuição instantânea e anula a diferença.
Em poucas palavras, segundo a autora, a redundância proporciona sua manutenção e a condena à saturação, e quando isso ocorre anula a diferença, mas para que esse processo aconteça o conteúdo tem que estar no mesmo plano, e na mesma circularidade.
4. Nominação
Nominação (diferente de nominalismo) é um remédio para a realidade de uma abstração (a rede), ela auxilia na dificuldade encontrada entre redundância e saturação. O nome tem como função criar uma diferença, marcar um objeto, entre outros. Os nomes de códigos/ritos de passagem ajudam a individualizar (criar uma diferença) num todo homogêneo. Para Anne, o nome, em uma sociedade nominativa, funciona como uma identidade, uma classificação e é o responsável pela designação de uma