Almeida garret
Passados os primeiros anos de vida no norte de Portugal onde duas criadas, para o entreterem, lhe contavam histórias maravilhosas povoadas de fantasmas e almas do outro mundo, histórias estas que o marcaram profundamente e a elas se refere em algumas das suas obras, nomeadamente em Viagens na Minha Terra. Com apenas 9 anos, e devido às invasões francesas, foi com os pais para os Açores onde recebeu de seu tio D. Frei Alexandre, uma educação clássica e religiosa. Mais tarde renunciou ao sacerdócio, profissão que lhe parecia destinada.
Em 1816, matriculou-se em Coimbra na Faculdade de Direito. É nesta cidade que Almeida Garrett se vai tornar um acérrimo defensor das ideias liberais.
Conclui o curso em 1821 e parte para Lisboa onde se casa com Luísa Midose. Participa então activamente nas lutas liberais. Em 1823 e devido a um golpe de Estado – a Vilafrancada – é obrigado a exilar-se em Inglaterra. É aqui que Almeida Garrett toma contacto e conhece a literatura Romântica. Muda-se para França e vivendo com grandes dificuldades, escreve duas obras – Camões (1825) e D.Branca (1826) anunciando já as suas tendências românticas.
Regressa a Lisboa em 1826 e dedica-se ao jornalismo, mas graças às suas ideias Liberais e com o triunfo do Absolutismo de D. Miguel de novo se vê obrigado a emigrar para Inglaterra. Entretanto separa-se já da sua mulher.
Deste país, e mais tarde de França, alia-se às lutas Liberais no exílio.
É então preso por motivos políticos.
Posteriormente e já com D. Pedro no poder, colabora nas reformas de Mouzinho da Silveira e assume alguns cargos públicos, entre os quais o de diplomata em Bruxelas.
Toda a sua experiência por terras estranhas vais fortalecer o seu amor e dedicação por tudo o que é