Alcolismo
Os alcaloides são aminas cíclicas que possuem anéis heterocíclicos contendo nitrogênio. São responsáveis pelo sabor amargo de muitas plantas e causam dependência.
O termo alcaloide deriva do árabe álcali, que significa básico, com o sufixo –oide. É muito difícil estabelecer um conceito preciso para os alcaloides, visto que eles formam um grupo heterogêneo de compostos, salvo pelo fato de serem substâncias nitrogenadas orgânicas, de distribuição restrita na natureza.
A definição de alcalóide utilizada atualmente foi estabelecida por Pelletier em 1983, e até o momento continua sendo a mais adequada para o termo. Ele definiu alcalóide como: “substância orgânica cíclica, de caráter básico e origem natural (quase exclusivamente vegetal), que apresenta atividade biológica, contendo em sua fórmula basicamente de nitrogênio (N), oxigênio (O), hidrogênio (H) e carbono (C)”.
Os alcalóides representam um grupo de substâncias que influenciou muito a história médica, econômica, política e social da humanidade. Estes compostos apresentam tanto atividade terapêutica quanto tóxica. Os alcaloides já estiveram envolvidos em epidemias de envenenamento acidental em massa, como nas milhares de mortes causadas pela ingestão de pão de centeio contaminado com o fungo Claviceps purpurea, ocorridas na Europa, durante a Idade Média. Estas substâncias também já fora utilizadas com o propósito de matar, como por exemplo, na execução do filósofo Sócrates
(“Só sei que nada sei” 470 – 390 a.C.), envenenado com o chá de cicuta, contendo o alcalóide coniina. Além disso, os indígenas brasileiros também tiravam proveito da atividade dos alcalóides através da utilização de extrato seco de curare em lanças e flechas para caçar e guerrear.
De um modo geral, os alcaloides são derivados de aminoácidos, ou então de outros precursores como os terpenos e esteroides. No caso dos derivados dos aminoácidos, o átomo de nitrogênio presente nestes alcaloides é derivado do