Agravo

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DEMO, Pedro. Pesquisa: princípio científico e educativo. 12. ed. São Paulo: Cortez, 2006.
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Catia Seifert[1]
Doracina Aparecida de Castro Araujo[2]

Pedro Demo possui graduação em Filosofia e doutorado em Sociologia. Professor titular aposentado da Universidade de Brasília (UnB), Departamento de Sociologia. Professor Emérito. Fez pós-doutorado na UCLA/Los Angeles. Tem experiência na área de Política Social, com ênfase em Sociologia da Educação e Pobreza Política. Trabalha com Metodologia Científica, no contexto da Teoria Crítica e Pesquisa Qualitativa. Pesquisa principalmente a questão da aprendizagem nas escolas públicas, por conta dos desafios da cidadania popular. O livro de Pedro Demo aqui resenhado faz muitas críticas à dissociação entre a teoria e a prática e à separação entre o ensino e a pesquisa, tanto no âmbito da universidade, quanto da escola básica, o que para o autor, são fatores depreciativos do espírito crítico e emancipador, levando então a uma formação científica e educativa reduzida ao ato de imitar sem argumentar, de reproduzir sem descobrir, de formar discípulos e não mestres, que copiam e fazem provas. Características de um ensino puramente instrutivo e fortemente presente na pedagogia tradicional, historicamente uma das primeiras pedagogias e que compõe o quadro das teorias da aprendizagem denominadas por Saviani[3] de Não-Críticas. Dentro desta problemática, o autor, que possui outras produções de obras nesta temática[4], discute ora a pesquisa como mecanismo construtor de ciência, ora como recurso de formação educativa para uma proposta emancipatória, numa perspectiva geradora de conquista, de não-domesticação, propondo que a pesquisa neste sentido, se efetive como atividade humana processual e constante desde a formação pré-escolar, numa concepção transformada de educação, fortemente presente em seu outro livro “Educar pela Pesquisa”. Para tanto, o texto de Demo aqui apresentado, está dividido