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4607 palavras 19 páginas
NEUROSE OBSESSIVO-COMPULSIVA
Fundamentos Clínicos e Cognitivo-Comportamentais

Fernando Edilásio Pocinho
Psicólogo Clínico e Psicoterapeuta
Consulta de Stress
Clínica Psiquiátrica dos Hospitais da Universidade de Coimbra
2008

Antecedentes Históricos
Como é sabido, a primeira descrição médica dos transtornos obsessivo-compulsivos, considerados já verdadeiramente como doença, foi feita em 1838 por
Esquirol.
Esquirol sugeria que os sintomas de natureza obsessiva emergiam de um “tipo de carácter escrupuloso”, enquanto que Janet, por exemplo, em 1903, descrevia o psicasténico como “continuamente atormentado por uma sensação interna de imperfeição”.

Antecedentes Históricos

A natureza deliberativa do doente obsessivo foi igualmente descrita por Maudsley, em 1895, em termos de “terríveis e incríveis vacilações insignificantes e irresoluções sem valor”. Também Freud (1909) tinha já anteriormente sublinhado que a dúvida e a incerteza estavam íntimamente ligadas:
“… é a dúvida que leva o doente à incerteza acerca das suas medidas protectoras e à sua contínua repetição, de modo a banir a incerteza …”.

Antecedentes Históricos
Em 1875, um outro autor francês, Legrand du Saulle, do hospício de Bicêtre, fez uma descrição muito pormenorizada desta entidade clínica.
Legrand du Saulle designou-a por “Delírio da dúvida, com delírio do tacto”, considerando-a como uma das quatro variedades de loucura que decorre com consciência, ou seja, sem perda crítica da realidade.
Deu-lhe esta designação porque considerou que a presença da dúvida e o medo da contaminação constituíam os sintomas fulcrais destas manifestações clínicas. Antecedentes Históricos

Carl Westphal em 1877, então professor de psiquiatria em Berlim, assinalou o começo precoce e a cronicidade deste transtorno referindo que esta situação nunca evoluía para a psicose e se deveria diferenciar da hipocondria e da melancolia.

Códigos da NOC

Na DSM-IV (1994), e na

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