“Pesquisa na Escola: O que é, como se Faz’’ Capítulo 1: Cansei de Me Indignar!
917 palavras
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No primeiro capítulo extraído da obra “Pesquisa na Escola: O que é, como se faz” (BAGNO; Marcos. São Paulo, Edições Loyola, 1998) o doutor em Língua Portuguesa e multipremiado autor paulista Marcos Bagno explicita de maneira sucinta, com uma linguagem agradável ao leitor, a sua indignação diante do modo como a pesquisa é passada do professor ao aluno no sistema de educação atual. O capítulo “Cansei de Me Indignar” é introduzido por Bagno primeiramente utilizando uma contextualização com situações que presenciou no seu cotidiano durante a relação da sua filha Júlia com os trabalhos escolares, de forma que há um certo humor variante na colocação das palavras que faz com que o leitor prossiga com a breve história contada a fim de descobrir a razão do exemplo citado. Ao apontar os múltiplos problemas que Júlia enfrentou com os trabalhos de pesquisa passados pelos seus professores, sem orientação aparente alguma, o autor nos mostra que a escola deixa de lado um ensino criterioso e analítico das maneiras de se pesquisar, trazendo prejuízos grandes no futuro do aluno, o que o deixa indignado e faz com que escreva este livreto com a função de ensinar ao educador a maneira mais correta de executar um plano de pesquisa em sala. “Tudo isso cria um verdadeiro labirinto onde é muito fácil alguém se perder, a menos que tenha um bom fio de Ariadne...” (página 14) neste trecho de comparação filosófica, Marcos Bagno elege a personagem da mitologia grega Ariadne – a mulher que desenrolou o fio pelo labirinto do Minotauro para orientar Teseu – como um paradigma para o desenvolvimento do seu texto, onde a sua principal intenção é desatar os nós feitos previamente pelos professores na área da pesquisa no mundo moderno. Segundo Bagno, possuímos um número de informações grandioso, onde se pode encontrar um dado acerca de um “tema x” a ser pesquisado em qualquer livro, cd, internet e outros múltiplos meios, o que torna o aluno um ser confuso nesta ilha da pesquisa, sem rumo,