É Preciso saber gramática para falar e escrever bem português?

968 palavras 4 páginas
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIPÊ
CURSO: ENGENHARIA CIVIL
COMPONENTE: COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
Profª JOSANE CRISTINA BATISTA SANTOS

RESUMO DO MITO “É PRECISO SABER GRAMÁTICA PARA FALAR E ESCREVER BEM”

EQUIPE
HELDER SUASSUNA
JOSÉ ROMÁRIO LIMA
KAIO TRIGUEIRO
MOIZÉS GALVÃO
RUBENS JUSTINO

JOÃO PESSOA
2014
“É PRECISO SABER GRAMÁTICA PARA FALAR E ESCREVER BEM”

Grande parte dos professores de português concorda que o conhecimento da gramática é fundamental para o bom uso da língua escrita e falada. É muito comum, também, os pais dos alunos cobrarem deles um ensino da gramática exatamente igual ao que eles receberam em seu tempo de escola.
Por que a assertiva “é preciso saber gramática para falar e escrever bem” é um mito? Porque, como nos diz Mário Perini em Sofrendo a gramática (p. 50), “não existe um grão de evidência em favor disso; toda a evidência disponível é em contrário”. Afinal, se fosse assim, todos os gramáticos seriam bons escritores, e os bons escritores seriam especialistas em gramática.
O teórico Sírio Possenti nos lembra que as primeiras gramáticas do Ocidente, as gregas, só foram elaboradas no século II a.c., mas que muito antes disso já existia na Grécia uma literatura ampla e diversificada, que exerce influência até hoje em toda a cultura ocidental. Homero escreveu os maiores clássicos do idioma grego - Ilíada e Odisseia, ainda no século VI a.c., sem ter acesso a nenhuma gramática, assim como Platão, Aristóteles e tantos outros.
Com o tempo, as manifestações linguísticas usadas espontaneamente pelos escritores mais notáveis foram impostas pela gramática como “regras” e “padrões” a serem aprendidos e imitados. Ou seja, houve uma inversão da realidade histórica. A gramática normativa é decorrência da língua, é subordinada a ela, e não contrário. No entanto, como a gramática normativa passou a ser um instrumento de poder e de controle social, de exclusão cultural, surgiu

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