Ética

Um dos principais conflitos éticos dentro da profissão do jornalismo é, na minha opinião, a produção em grande escala das notícias e a constante atualização que os meios de comunicação nos proporcionam. Os critérios de noticiabilidade continuam os mesmos, porém estão menos valorizados, transformando assim qualquer mínima coisa em notícia, não respeitando os critérios de valores do próprio fato. Os próprios fatos, sujeitos a constantes atualizações, parecem sair do controle dos jornalistas, que deveriam agir como gatekeppers, filtrando toda a informação e repassando somente o útil e importante, porém, acabam transmitindo toda e qualquer notícia, sem critérios, mas de acordo com os interesses da instituição que trabalha. Outro ponto muito discutido na profissão é a questão do sensacionalismo. Apesar do art. 11 do Novo Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros reconhecer que:
“O jornalista não pode divulgar informações [...] de caráter mórbido, sensacionalista o contrário aos valores humanos, especialmente em coberturas de crimes e acidentes.”, não é isso o que acontece. Nesse caso, há programas específicos que tratam de assuntos que já se tornaram cotidianos e corriqueiros a todos (como acidentes de trânsito) em verdadeiros espetáculos. Como a maioria das pessoas, não somente colegas de profissão não concordam com esse tipo de abordagem jornalística, onde uma grande tragédia pode virar um grande espetáculo midiático, mas também, não tiro a razão de quem produz, assiste ou apresenta um desses programas. Apesar da abordagem de programas sensacionalistas serem consideradas antiéticas, não creio que devemos ser tão extremistas com a ideia de um jornalismo diferenciado. O modelo Jornal Nacional de se dar notícias, já não informa mais com tanto afinco, não há movimento, não há emoção em nenhum momento. Já os programas sensacionalistas falam a linguagem que o povo entende, eles industrializam a noticia de uma forma que desde a pessoa analfabeta que mora em