Ética e moral e a axiologia jurídica
Entretanto, tal definição de ética despreza o fato de que nem toda ação imperiosa sobre as pessoas é ética. Se fosse assim todo tipo de ação humana ou vício seria ético, o que de fato não se confere.
Temos de olhar a ética com uma visão neutra e universal. De forma que não nos comprometamos com posições, sem antes termos oportunidade de analisar o contexto em que estamos inseridos. E que possamos não nos limitar a nossas visões pessoais, pois isso seria uma restrição excessiva de nossas visões, de forma que possamos realizar juízos que vão além de nossas próprias visões pessoais. Sendo assim, a ética não se restringe às ações imperativas pessoais, mas transcende tal atitude em prol de uma visão mais universalizável.
Outra proposição muito importante é aquele que associa o agir ético com o agir racional como ações idênticas. Claro que ambas resguardam semelhanças entre si, como o fato do agir racional tentar se posicionar em posição superior ao ponto de vista pessoal. Entretanto, tal semelhança não se dá em todos os casos, pois em muitos casos ações egoístas são consideradas ações racionais, o que demonstra uma incompatibilidade com a ética. Isso é visível principalmente em situações de confrontamento de posições individuais, onde uma ideia entende que a outra é racional, porém as ideias em confronto não são aceitas por todos os agentes da ação, assim não são universalizáveis.
De forma que a razão pode ser entendida como prática. Quando ela se interessa apenas com os meios, sem se importar com os fins. Ou seja, a razão estaria alheia à ética e à moral, pois a atividade