Ética a Nicomaco Cap 3

2396 palavras 10 páginas
ÉTICA E CIDADANIA II
Capítulo 3 do Livro “Ética a Nicomaco”

RESUMO

Ao estudar os fenômenos que se relacionam com a excelência é necessário saber definir ação voluntária e ação involuntária. As involuntárias resumem-se em ações que se geram sob coação ou por ignorância, cujo princípio motivador não conta com um agente ativo, mas sim passivo. Saber determinar se as ações praticadas por medo de males superiores ou em vista de algo valoroso são ações involuntárias ou voluntárias envolve controvérsia.
As ações são escolhidas no momento em que são praticadas e seu fim determina-se de acordo com a ocasião e a oportunidade do momento, ou seja, as características do voluntário e do involuntário só se definem em função do tempo em que são executadas.
Uma pessoa que se encontra em uma certa circunstância age, de fato, voluntariamente. Quando o princípio motivador se encontra no próprio agente, cabe a ele decidir se devem ser levadas à prática ou não, logo essas ações são voluntárias. Por outro lado, podem ser consideradas involuntárias caso, noutras circunstâncias, ninguém tenha decidido levá-las à prática.
Intolerável é justificar as causas exteriores como princípios das ações involuntárias, realizadas sob coação, e fazermos de vítimas sem nos responsabilizarmos. Da mesma maneira, é inaceitável invocar a nós mesmo a responsabilidade apenas pelas ações nobres e nos desculparmos pela tentação dos prazeres.
Diferenciando a ação sob coação da ação por ignorância, a primeira possui um princípio exterior, já a segunda, é toda ação voluntária, apenas sendo involuntária quando provocada por sofrimento e arrependimento. Sendo a ação involuntária realizada sob coação e por ignorância, seu princípio reside no agente que possui a noção das circunstâncias concretas e particulares da ação. Talvez seja incorreto afirmar que as ações involuntárias sejam provocadas pela ira ou pelo desejo, pois nenhum outro ser vivo além do ser humano age

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