Ética Protestante

1. Capitalismo e Ética Protestante Max Weber, sociólogo e economista Alemão escreveu uma série de ensaios por volta de 1904 e 1905, nos quais investiga as razões do capitalismo haver se desenvolvido mais rapidamente em países como a Inglaterra e a Alemanha, que tinham como religião as diferentes correntes do protestantismo (WEBER, 2005. p.19). Após a sua morte em 1920, esses ensaios foram publicados em forma de livro, intitulado “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo”. Portanto, nesse livro, Weber analisa as relações entre o Capitalismo e o Protestantismo. Durante o século XIX, grandes mudanças passaram a ocorrer em todos os setores da sociedade ocidental. Na política, surgia um novo sistema que se consolidava como forma de governo, a República. Na religião, o catolicismo perdia espaço dentro de países nos quais o poder do Estado rompera ligação com a Igreja Católica. A liberdade religiosa se expandia, beneficiando o crescimento das várias ramificações do protestantismo: calvinismo, metodismo, batista, etc. No setor econômico estava ocorrendo a segunda Revolução Industrial, devido aos avanços científicos que proporcionavam aumento de produção. Surgiam novas invenções e houve a descoberta de novas fontes energéticas. O fluxo de capitais, que circulavam nas indústrias para um melhor rendimento dos meios de produção,ocasionava um grande aumento do lucro. A Inglaterra, a Alemanha e, mais recentemente, os Estados Unidos destacavam-se dentro do cenário da economia mundial, sendo que estes países eram majoritariamente protestantes. A principal questão que surgia, para um pesquisador da qualidade de Max Weber, era a inter-relação desta liderança dos países protestantes dentro do sistema capitalista com a ideologia religiosa que estes praticavam, a qual favorecia a expansão da economia. Procuraremos, agora, compreender o