Ética empresarial

“Temos que entender, e depois de entender, temos de aplicar a ética das pequenas coisas, já que ética é mesmo só das pequenas coisas. Em ética não há grandes coisas. Só pequenas. Atos isolados. Individuais. Somando-se uns aos outros, formando o modelo ético de um indivíduo, depois de alguns, depois de todos, até ser uma cultura, a cultura de uma nação.” (Eduardo Cupaiolo)

A ética está dentro de cada um e cada um é regido por ela ou segue a vontade da maioria segundo suas convicções e interesses. A falta de ética é mais que uma questão individual é, também, uma questão cultural. Nossa cultura está impregnada desse tipo de conduta que permite a falta de ética baseada em interesses individuais e em proveito próprio. A conduta ética nas organizações empresariais não é diferente, ou a empresa é ética ou antiética. Mas uma empresa é formada por pessoas e essas pessoas podem ou não seguir as regras estabelecidas pelo grupo. Ou seja, em uma empresa pautada pela ética, pode existir funcionários antiéticos ocupando cargos de todos os níveis hierárquicos, influenciando outras pessoas e conduzindo as coisas de acordo com seus interesses e em benefício próprio. Para que possamos ampliar o nosso diálogo, imaginemos a seguinte situação hipotética:
Bráulio José tem 60 anos e trabalha há 32 anos em uma multinacional reconhecida por suas ações pautadas pela ética e pela responsabilidade social. Bráulio já está começando a se preparar para a aposentadoria. Nos últimos 10 anos, Bráulio não buscou mais aperfeiçoamento profissional e nem acadêmico por acreditar que “já deu tudo o que tinha que dar”. Ocupando um cargo de chefe do Setor de Recursos Humanos, não se preocupa em conhecer o que há de novo para o setor e nem se qualificar para fazer melhor o que faz. Quando os arquivos manuais foram substituídos por arquivos eletrônicos e seu setor ganhou computadores, não quis participar dos cursos oferecidos pela empresa alegando estar muito atarefado com as novas instalações. Bráulio