Ètica e Responsabilidade Social
Departamento de Ciências da Administração e Tecnologia
Disciplina: ÉTICA
AS MORAIS EMPRESARIAIS
A ambivalência empresarial
Sempre que falamos em morais empresariais devemos levar em conta os interesse dos apostadores do mercado financeiro.
Mercados abertos, aliados a regimes políticos liberais, conferem enorme poder de fogo aqueles que se organizam.
Nos últimos anos, os clientes reuniram condições para recorrer:
1. Aos concorrentes, boicotando empresas que não agem de forma idônea ou que não sejam socialmente responsáveis;
2. às agências de defesa do consumidor, fiscalizando e pressionando quem vende bens e presta serviços;
3. à justiça, visando ressarcir-se de eventuais danos material e morais;
4. à mídia, expondo a imagem de empresas irresponsáveis
A mesma coisa vale para acionistas minoritários, gestores, trabalhadores sindicalizados, associações de moradores, ONGs, etc.
Numa economia oligopolista, estatista, ou em regimes políticos totalitários e autoritários, as coisas são diferentes, porque as manifestações são minimizadas, a mídia é amordaçada e a justiça manipulada.
Nas sociedades democráticas, de economia liberal, a situação é outra. Existem condições objetivas para assegurar a competição – novas tecnologias tem demonstrado dinamismo – mesmo havendo concentração de capital.
Nas economias competitivas, os empresários ficam à mercê de um jogo de forças que os leva a estabelecer distinções entre os contribuem para agregar valor e os demais.
Se plano pessoal, em muitos casos prevalece a moral do oportunismo, no plano empresarial, prevalece a MORAL DA PARCIALIDADE – como moral microssocial.
A MORAL DA PARCIALIDADE
Trata-se de um discurso seletivo que adota normas mistas de conduta, não se furta a justificar conveniências oportunistas nas relações com os outros, mas exige lealdade nas relações pessoais – os aliados.
A moral da parcialidade é um discurso permissivo