V de Vingança

“V de Vingança” (2006)
O filme retrata as façanhas de V, um homem que vive em uma Londres futurística controlada por um regime fascista e totalitário. V sobreviveu a um incêndio em um antigo campo de concentração comandado pelo líder desse governo opressor, Adam Sutler. Com o objetivo de se vingar, o anti-herói surge almejando unir a população em uma revolta contra o governo para o restabelecimento da liberdade em seu país; explodir o Parlamento Britânico seria o caminho para provocar o caos e dar força ao início dessa revolução.
V começa implantando terror à cidade um ano antes do anunciado atentado ao Parlamento Britânico, transmitindo sua mensagem de revolução após invadir uma emissora de televisão. A mídia local faz o possível para ocultar a verdade e a magnitude do ocorrido, enquanto o serviço secreto tenta localizar o responsável. V encontra um potencial de parceria em uma jovem chamada Evey, quem ele salva de um ataque da polícia secreta. Evey então presencia a saga do vingador, que um por um, vai matando todos os líderes e autoridades do governo corrupto.
A través das ações de V percebe-se uma base do pensamento maquiavélico de que os fins justificam os meios. Neste caso, o protagonista da historia utiliza-se da violência e da imposição do medo para recuperar seus direitos como indivíduo, e incentiva a população a juntar-se a ele para produzir um bem maior: a liberdade de todos. Pode-se dizer, também, que esse princípio é adotado pelo lado opressor. Os governantes utilizam-se de meios matérias de coerção e de mentiras para manter sua autoridade sobre a população. Maquiavel articula que a mentira serve para reduzir os custos do exercício de poder, e que um governo, se não amado, deve ser, ao menos, temido. E que a liberdade só existe dentro das leis da república; ou seja, o cidadão terá sua liberdade garantida (porém limitada), sempre e quando obedeça as leis e as regas impostas pelo governo. A temática totalitária era um assunto que estava à tona