Uma Vitória Contra O Colesterol

Foi divulgada na revista Veja de 21 de agosto de 2013 uma reportagem extremamente importante para a medicina e para o bem estar de milhares de pessoas ao redor do mundo. A notícia que ganhou sete páginas da publicação é boa: o desenvolvimento de um composto capaz de reduzir em até 80% os níveis sanguíneos de LDL, conhecido como colesterol ruim. Antes de analisar a reportagem, é importante esclarecer que existem dois tipos diferentes de transporte de colesterol dentro do corpo humano. Embora seja muito comum a ideia de bom e mau colesterol, é importante lembrar que a molécula de colesterol é sempre a mesma, o que muda é a proteína que carrega essa molécula no sangue. Como os lipídios são insolúveis em água (e o sangue é composto por água), é necessário que proteínas os transportem dentro da corrente sanguínea, formando complexos lipoprotéicos. Existem dois tipos de complexos (e por consequência, de transporte de colesterol): o HDL e o LDL.
HDL, comumente conhecido como colesterol bom, é a sigla para High Density Lipoprotein, lipoproteína de alta densidade em português. É capaz de absorver os cristais de colesterol em excesso no sangue ou ainda os que são depositados nas artérias (causando aterosclerose), removendo-os das artérias e transportando-os de volta ao fígado para ser novamente metabolizados. É chamado de “bom colesterol”, pois quando um indivíduo possui níveis elevados desse tipo de lipoproteína, ela pode se tornar benéfica, reduzindo o risco de doenças do coração. A elevação das concentrações do HDL é alcançada com exercícios, ausência do fumo e peso adequado.
O que é conhecido como colesterol ruim, é na verdade outro tipo de lipoproteína. A sigla LDL significa Low Density Lipoprotein, ou seja, lipoproteína de baixa densidade. É a principal partícula transportadora de lipídios no corpo humano. Parte dela é metabolizada no fígado e utilizada para fabricar membranas celulares. Após a absorção pelo intestino, o colesterol é transportado até os tecidos