O “Trabalho do Assistente Social nas organizações privadas não lucrativas”
O texto trabalha o novo espaço sócio-ocupacional da profissão, principalmente a partir da década de 1990 com a redefinição do papel do Estado e de suas relações com a sociedade no Brasil. O trabalho do assistente social ganhou novas requisições de acordo com as mudanças na divisão social e técnica do trabalho.
Na crise econômica o capital reorganizou-se na produção e nas relações sociais, modificando a estrutura da economia, da produção e dos mecanismos sócio políticos e institucionais relacionados à manutenção da reprodução social.
As transformações sociais desde 1970 afetam também a configuração dos sistemas públicos de proteção social nacionais. O neoliberalismo se apresenta nesse novo contexto social, defensor das forças reguladoras do mercado na economia e contra intervenções estatais nos âmbitos econômicos e sociais. Se opõe e faz críticas ao sistema de seguridade social, aceitando intervenções relativas ao pauperismo apenas, visando rejeitar o papel público no investimento e na redistribuição de renda.
Como os teóricos neoliberais consideram necessária a instituição do mercado como regulador para superar a crise, a intervenção do Estado é substituída e no âmbito do bem estar social estimula-se a comunidade, a família e os serviços privados. O mercado determina o espaço legitimo do Estado e a regulação pública do mercado e dos direitos é o alvo de conflitos. Observa-se então a diminuição da ação reguladora do Estado e de suas “funções legitimadoras”. O capital, então, se liberta das instituições que regulavam suas operações.
As políticas focadas no Estado de bem-estar social, no pleno emprego e na distribuição de renda são substituídas por políticas restritivas ao crescimento econômico, focadas na estabilidade financeira, no equilíbrio fiscal e no controle inflacionário. Na virada dos anos 1990 defendia-se a retomada do crescimento econômico, da