O Velho da Horta

Ao analisar o texto de Gil Vicente “O Velho da Horta”, com base nos postulados apresentados por Nelly Novaes “As Alcoviteiras Vicentinas”, trata-se de um drama amoroso que envolve um homem muito rico e velho e que possuía uma horta, na qual se apaixona por uma moça bem mais jovem que ele, que vai à sua horta para comprar hortaliças, o velho apaixonado deixa-se levar por um amor insensato e obcecado; a moça, motivo dos sonhos do velho, é irônica, e retribui as declarações de amor com zombarias, o velho mesmo assim não perde suas esperanças e recorre aos serviços da alcoviteira Branca Gil, na qual promete ao velho a posse da jovem amada, aonde com isso vai só extorquindo o seu dinheiro.
De acordo com o texto de Nelly Novaes, Branca Gil não foi à primeira alcoviteira apresentada, foi à segunda, antes dela foi Genebra Pereira do “Auto da Fada”, a Brizida Vaz da “Barca do Inferno” e a ultima foi a Ana Dias de “O Juiz da Beira”. Somente em 1512 que Gil Vicente cria Branca Gil. As alcoviteiras dedicavam-se a combinar casamentos, satisfaziam os caprichos amorosos dos homens que procuravam os seus serviços, eram oportunistas e estas ações não eram bem vistas pela sociedade naquela época, essa pratica era proibida por lei, onde elas eram presas e açoitadas. Na farsa a alcoviteira aparece como cliente, e o velho angustiado e sofrendo por amor fica alegre e entusiasmado ao vê-la, explica a ela o fato que aconteceu e recorre aos seus serviços.
Branca Gil de certa forma ela fica espantada e o admira, porque mesmo ele estando com a idade avançada se apaixona por uma moça bem mais jovem , ela explica que nem na corte alguém morreria por amor,pois ninguém leva o amor tão à sério como ele ela é astuta para conseguir o que quer,pois sua experiência não permitiria que ao invés de elogiá-lo, zombasse dele, pois desta forma não conseguiria extorquir o seu dinheiro, isso fica claro quando ela diz:
“Mas, antes, senhor, agora na velhice anda o amor; o de idade por armador por