O USO DE ESTIMULAC A O SUPLEMENTAR PELO TERAPEUTA COMO UMA PRATICA PARA O DESENVOLVIMENTO DE AUTOCONHECIMENTO 1

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O USO DE ESTIMULAÇÃO SUPLEMENTAR PELO TERAPEUTA COMO UMA PRÁTICA PARA O DESENVOLVIMENTO DE AUTOCONHECIMENTO

Karina Pinheiro da Silva

Pode ser muito frequente em um processo psicoterapêutico, que um cliente não esteja sob controle das variáveis que estão mantendo um comportamento-problema, e apesar de saberem falar topograficamente sobre seus comportamentos, não estão conscientes daquilo que de fato está acontecendo. Que recursos o analista do comportamento poderá apropriar-se para ajudar o seu cliente a descrever funcionalmente a relação entre comportamento e ambiente?
A prática de estimulação suplementar pelo terapeuta, pode levar o cliente ao desenvolvimento de autoconhecimento e autotatos, e consequentemente à consciência. O uso de estimulação suplementar pode modular o relato do cliente, e fazer com que este tenha clareza de seus comportamentos. De acordo com Meyer (2000), a estimulação suplementar refere-se as falas do terapeuta que resultam em uma maior probabilidade de ocorrência de respostas já existentes no repertório do cliente, e que o fazem interpretar uma situação de uma determinada maneira. Nesta situação, um falante (neste caso, um terapeuta) faz com que o ouvinte perceba algo, ou compreenda uma determinada situação (Skinner, 1978). Pode-se dizer portanto, que a estimulação suplementar pode alterar o relato de um cliente que está sob controle de determinadas contingências para uma outra forma de compreensão do seu comportamento.
Em uma análise funcional do comportamento, o terapeuta pode atentar para estímulos discriminativos presentes nos antecedentes de uma resposta que controlam o comportamento do cliente, porém o cliente não está sob controle destes estímulos, mas sim de outros (Meyer, 2000). Tomemos como exemplo o caso de uma mulher que não inicia e não mantém diálogos diante de indivíduos que ela julga serem “pessoas que falam muito”, “criticas”, “inteligentes”, afirmando que não fala porque não tem habilidades sociais necessárias para

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