O trafico humano no seculo 21
Em Dia com a Igreja apresenta com a irmã Maria Helena Morra, da Congregação das Religiosas do Sagrado Coração de Maria, uma entrevista onde estes problemas são abordados.
A entrevistada coordena a Rede de Justiça, Paz e Integridade da Criação e a entrevista foi concedida, no Jornal de Opinião, ao jornalista Flávio Senra, chefe do Departamento de Ciências da Religião da PUC Minas e apresentador do programa Religare da TV.
Para a religiosa, é necessário rever a questão e buscar resolvê-la na educação e na valorização dos direitos humanos. Segundo afirma, é preciso que o poder econômico e as pessoas que sustentam aquelas transgressões sejam descobertos e que o ser humano seja valorizado plenamente.
Quando falamos em escravidão no Brasil, infelizmente, temos que nos reportar a séculos de um problema social. Como é, para um país, ter em sua história a presença tão perniciosa da escravidão?
Quando pensamos nesse processo de escravidão, principalmente com a raça negra e mesmo com a indígena, nos referimos a um processo de grave violência ferindo a dignidade de um povo, de uma raça. Hoje, quando falamos de tráfico de seres humanos, estamos falando da escravidão moderna, que tem um agravante muito maior porque é uma escravidão invisível e, por isso, torna-se muito difícil tocar nesta realidade. Só agora estamos tomando consciência desta realidade.
O que é visualizado na escravidão do século 21, quando se trata do tráfico de seres humanos?
Muitas vezes o tráfico de seres humanos está ligado à questão da prostituição, da venda de órgãos, de tecidos, do trabalho escravo; e ao