O trabalho infantil no século xix
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Entre os trabalhadores europeus do século XIX havia muitas crianças. Para os patrões era vantajoso empregar crianças:elas costumavam ser mais submissas do que os adultos, recebiam salários ainda mais baixos e podiam se movimentar por espaços estreitos. As crianças se arrastavam por debaixo do tear para recolher os restos de lã que caíam da máquina. Os retalhos eram catados e retornavam às máquinas de fiar para que não houvesse desperdício de matéria-prima. As crianças que faziam isso corriam o risco de serem esmagadas pelas máquinas.
Muitas vezes as crianças ficavam cansadas, sonolentas, e não conseguiam manter a velocidade exigida pelas máquinas. Quando isso ocorria, em geral apanhavam para trabalhar mais rápido ou tinham a cabeça mergulhada na água fria para ficarem acordadas. Também eram punidas quando chegavam atrasadas ao trabalho ou quando conversavam com outras crianças, sendo acorrentadas e enviadas à prisão, como ocorreu com Thomas Savage.
Veja a foto.
Thomas Savage, enviado à prisão de Wandsworth, Londres.
Revolta dos operários
Será que os operários do século XIX não se revoltavam contra essa situação? Provavelmente, desde o início do processo de industrialização houve revoltas individuais que não levaram a conseqüências imediatas. Apesar de sua revolta, para ter o que comer os operários eram obrigados a aceitar as condições de trabalho oferecidas pelos donos das fábricas. Ainda por cima, desde o fim do século XV os cidadãos ingleses estavam sujeitos a duras leis contra a recusa ao trabalho.
Segundo essas leis, as pessoas que não tinham licença do Estado para mendigar eram definidas como vagabundos. Eram açoitados, tinham metade da orelha cortada - para serem facilmente identificados - e podiam ser até mesmo condenados à morte, como traidores do Estado.
Os destruidores de máquinas
Diante dessas péssimas condições de vida,