O trabalho de campo na contextualização dos conteudos de biogeografia
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Acadêmica do curso de Geografia – Licenciatura Plena/UFPel; Professor Orientador – Universidade Federal de Pelotas/Departamento de Geografia. pamelafreitas40@yahoo.com.br
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INTRODUÇÃO A Geografia é uma ciência complexa que estuda as relações entre sociedade e natureza na organização do espaço geográfico. Abriga uma ampla gama de especificidades, que se inter-relacionam a partir de dois grandes ramos: o físico e o humano. A Biogeografia, de acordo com Romariz (2008) é a “ciência que estuda a origem, expansão, distribuição, associação e evolução dos seres vivos (plantas e animais) na superfície da terra”. Divide-se tradicionalmente em duas grandes áreas: a Fitogeografia (que estuda a distribuição das espécies vegetais) e a Zoogeografia (que analisa a organização espacial das espécies animais). A Fitogeografia sempre despertou maior interesse dos biogeógrafos, visto que a vegetação é o elemento mais significativo da paisagem (ROMARIZ, 2008). A composição vegetal de determinado fragmento espacial dependerá diretamente dos fatores abióticos que podem contribuir ou não no processo de dispersão das espécies envolvidas. O clima atua como principal fator abiótico, por meio da temperatura, umidade e radiação solar, conforme afirma Troppmair (1972), pois ele vai influenciar diretamente os processos biológicos dos seres vivos como brotação, floração, frutificação e migração, juntamente com o solo, importante na concessão de nutrientes para as plantas e na fixação da cobertura vegetal. Para compreender a distribuição espacial das espécies vegetais, os biogeógrafos exploram os trabalhos de campo, realizados com o objetivo de reconhecer as diferenças físico-ambientais que conduzem a padrões distintos de vegetação. A importância dos trabalhos de campo não se dá apenas no âmbito das