O Termo Sertanejo
Entretanto, o gênero Música Sertaneja, se refere atualmente não à música da região sertaneja, mas à música originalmente produzida e consumida na área cultural caipira, localizada ao Sul da área sertaneja.
A música sertaneja surgiu em 1929, quando Cornélio Pires começou a gravar “causos” e fragmentos de cantos tradicionais rurais da região cultural caipira. Na época conhecido como música caipira, hoje denominado música sertaneja, o gênero se caracteriza pelas letras com ênfase no cotidiano e maneira de cantar. Tradicionalmente a música sertaneja é interpretada por um duo, geralmente de tenores, com voz nasal e uso acentuado de um falsete típico, com alta impedância e tensão vocais mesmo nos agudos que alcança às vezes a extensão de soprano.
A história da música sertaneja pode ser dividida em três fases, levando em consideração as inovações que vão sendo introduzidas no gênero. De 1929 até 1944, como música caipira ou música sertaneja raiz; do pós-guerra até os anos 60, numa fase de transição; e do final dos anos 60 até a atualidade, como música sertaneja romântica.
A música sertaneja é hoje consumida em massa, mas que surgiu como uma produção independente voltada para um público específico (ref. às primeiras gravações feitas por Cornélio Pires, dirigidas ao público do interior de São Paulo), se manteve nas fronteiras do mercado, com um consumo pequeno, mas constante (a música sertaneja se difundia principalmente pelo rádio AM; duplas se estabeleceram, como Tonico e Tinoco e vendiam pouco mas sempre). Diríamos, então, que a estrutura é globalizada, mas a produção e consumo são regionalizados.
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O sertanejo passa a receber tendências de vários estilos mais comerciais, como o country americano, axé, pagode, funk, além de estilos com raízes mais populares, como o "arrocha". Tais