O tempo em Aristóteles

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Para analisarmos o tempo em Aristóteles, antes de tudo verificamos que ele pressupõe a relação entre tempo, movimento e alma, ele não via o tempo como algo que pudesse ser compreendido sem estar unido ao movimento. Então o que ele precisava saber era como esta relação se dava.

Aristóteles classificou os movimentos em naturais (decorrentes da natureza), onde todas as coisas tinham seu lugar e caso não estivessem neste lugar seriam forçadas a ir para lá, e em movimentos violentos (decorrentes de forças externas ao ser). Para ele o movimento se daria da seguinte forma: translação (ir de um lugar ao outro), rotação (giro sobre si mesmo), geração (nascer e evoluir), corrupção (crescer e morrer) e acidental (mudança). Portanto, vemos que há vários sentidos para o termo movimento, “O movimento está no corpo movido, corpo esse que não se encontra no movimento”, diz Aristóteles. O que faz com que o movimento natural aconteça? Segundo Aristóteles,
“não pode ser outro corpo em movimento, pois esse corpo também precisaria ter seu movimento explicado pelo efeito de outro corpo, e assim sucessivamente”.
Sendo assim Aristóteles chega à conclusão que:
“deve haver um primeiro motor que não se move, mas que move o mundo de maneira atrativa, e não propulsora. Se este primeiro motor move o mundo sem se mover, significa que ele tem de ser imutável. Sendo um ser imutável, significa que tem de ser puramente imaterial, ou seja, pura forma, puro ato. E se é puro ato, tem que ser perfeito".
Este ser perfeito Aristóteles chamou de Deus. Portanto, Deus, ou o Primeiro Motor, é que explica a eternidade do Universo e seu movimento constante. Este Primeiro Motor (Deus) atrai o mundo por puro amor, e assim o movimento acontece.
O tempo é um aspecto constante do movimento e, no pensamento de Aristóteles, não existe por si próprio: é relativo aos movimentos. O tempo é definido como "o número do movimento segundo o aspecto do antes e depois", por isso o tempo não pode existir sem uma

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