o telefone
Contrariado com essa falta de perspectiva, Bell um dia chegou em casa e anunciou que iria para os Estados Unidos, “país onde estão inventando as coisas”. Arrumou sua maleta (parecida com a dos funcionários da Telerj), passou uns tempos na Alemanha, no Canadá e, finalmente, instalou-se em Boston onde depois de se naturalizar norte-americano deu um pulinho no Registro de Inventos e Patentes e, muito seguro de si, perguntou ao funcionário: “Por obséquio, eu gostaria de saber o que está faltando ser inventado aqui”. O funcionário pediu para aguardar um pouco e consultou uma longa lista: “Bem, ainda não apareceu ninguém para inventar o telefone”.
– Então, deixa comigo – afirmou Bell cheio de confiança.
Na realidade, Bell quase teve de inventar outra coisa para ver seu nome nas enciclopédias. Antes dele outro americano, Page, já desconfiava que as ondas elétricas podiam transmitir o som; um francês, Bourseul, afirmou que as palavras podiam ser levadas tanto pelo correio como pela eletricidade e o alemão João Felipe chegou a construir um telefone e só não tirou patente porque seu dinheiro acabou e ele não pôde construir o outro aparelho: com um aparelho só, como poderia falar no telefone?
Mas o grande adversário de Graham Bell foi um eletricista de Chicago chamado Elisha Gray.