O suicídio anômico

Suicídio Anômico – Perda de Identidade.

Anômia nada mais é que a falta da identidade do indivíduo, devido a intensas mudanças ocorridas na sociedade e no indivíduo, trazidas por mudanças dramáticas nas circunstâncias econômicas e sociais, sendo diferentemente de fator individual, que caracteriza o suicídio egoísta, este tem a causa na própria sociedade. Contanto épocas de crises econômicas, os valores sociais se afetam relevantemente a rotina do individuo e causam o suicídio anômico, não reconhecendo sua função na sociedade por uma transformação ocasionada por ela própria, que suprime aqueles valores que davam significado a existência em sociedade. Outro fator seria um padrão de vida econômico muito alto, quando o indivíduo não consegue satisfazer a si mesmo com coisas simples, mostrando solidão. Lembrando que as taxas de suicídio altruístas são mais elevadas em países ricos, pois os pobres conseguem lidar melhor com as situações, desse modo, segundo Durkheim os tipos e suas causas de suicídio são sempre sociais. Durkheim também explica que, em condições normais, as correntes suicidogêneas (egoísta, altruísta e anômica) “se compensam mutuamente”. Assim, o indivíduo se encontra num “estado de equilíbrio que o preserva de qualquer idéia de suicídio. Mas, se uma delas ultrapassar certo grau de intensidade em prejuízo das outras, tornar-se-á, ao individualizar-se e pelas razões expostas, suicidogênea”. Raymond Aron, sociólogo e filósofo francês retratou o estudo que Durkheim fez sobre o suicídio anômico e observou que ele também aumenta ao número de divórcios, pois no casamento o homem encontra e precisa daquele “equilibrio”, com o divórcio acaba se perdendo na indisciplina gozando da liberdade sem limites. A mulher ao contrário por ser oprimida no casamento, através do divorcio acaba recuperando da liberdade que não tinha.

Música Budapeste, 13 de