O sistema Visual

O Sistema Visual

Introdução

Durante o tempo evolutivo, a visão tornou-se muito importante para os animais, por duas grandes razões: primeiro a detecção de estímulos (inimigos, presas, alimento) pôde passar a ser feita a distância; segundo, tornou-se possível identificar os estímulos com grande precisão, mesmo que eles estivessem em movimento. Assim, muito cedo se tornou adaptativamente útil para as espécies concentrar os fotoceptores em um par de órgãos especializados capazes de otimizar a informação das imagens: os olhos. O sentido da visão é proporcionado aos animais pela interação da luz com os fotoceptores que se encontram na retina. O sistema visual detecta e interpreta estímulos fóticos (luz). Nos vertebrados, estímulos fóticos efetivos são ondas eletomagnéticas entre 400 e 750 nm de comprimento; esses comprimentos de onda constituem a luz visível. O olho pode destinguir dois aspectos da luz, seu brilho (ou luminância) e seu comprimento de onda (ou cor). O tipo mais simples de sensibilidade à luz é a habilidade de perceber diferentes intensidades da radiação difusa incidente. Essa habilidade, denominada fotossensibilidade, está presente em inúmeras espécies de plantas, em organismos unicelulares, na pele de muitos animais e, obviamente, em estruturas visuais especializadas. No entanto, por visão entendemos a detecção de fenômenos que vão além de diferenças na intensidade da luz difusa, e que inclui alterações dessa intensidade mais rápida e mais restrita no espaço. A detecção de movimento requer uma organização muito mais complexa das estruturas destinadas à recepção sensorial. O processo evolutivo forneceu complexidade suficiente às estruturas visuais de certas espécies animais a ponto de várias características poderem ser extraídas da informação luminosa, tais como a discriminação de forma, detecção da polarização da luz, percepção de profundidade e visão cromática (discriminação de cores). Essas características, de um estímulo