O sintoma um ato involuntário do paciente

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O sintoma é um ato involuntário do paciente, produzido sem um saber consciente e livre de qualquer intenção. É uma manifestação do inconsciente. Ele possui três características:
A maneira como o analisando enuncia seu sofrimento (os detalhes, as palavras do seu discurso ditas de improviso);
A teoria formulada pelo próprio analisando do porquê de seu sofrimento;
O analista faz parte do sintoma (o Outro do sintoma).
Essa última característica é o que Lacan chama de sujeito-suposto-saber. O analista além de deter um saber a respeito do sofrimento de seu paciente, ele, principalmente, está na origem do mesmo. Ele, primeiramente, é o destinatário do sintoma (aquele que ouve) e depois passa a ocupar a posição de causa.

“O sintoma é um signo”
O sintoma pode ter duas faces, uma de signo e outra de significante.
Nas palavras de Lacan, signo é aquilo que representa algo para alguém. Nesse sentido, o sintoma representa algo para quem o sofre e também para quem o escuta. Dessa forma, é ele o fator que favorece a instalação e o desenvolvimento da transferência.
A face significante diz que ele (o sintoma) é apenas Um acontecimento entre outros tantos que estão a ele articulados, e, ao contrário do signo, não tem significado. Esse significante do sintoma pode ser um lapso, um sonho, um gesto, um som... Mas para ser validado enquanto significante, ele deve obedecer a três características:
Ser uma expressão involuntária;
Ser desprovido de sentido;
Estar ligado a outros significantes (é Um entre outros) de modo que o sintoma se repita identicamente, ainda que possua diferenças materiais.
Resumindo, o sintoma é um significante se o considerarmos como um acontecimento em que não se domina a causa, o sentido ou a repetição.
A importância do significante do sintoma se dá ao fato dele aparecer num momento propício como a peça que faltava no quebra-cabeça daquele paciente. Ele ocorre na hora exata de interrogar. É um sofrimento questionador e pertinente por informar fatos ignorados até

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