O serviço social
1.Dificuldade de pensar as teorias do Serviço Social
O Serviço Social continua a procurar a sua identidade científica, o seu espaço no âmbito das Ciências Sociais e a sua especificidade na produção de conhecimentos teóricos.
Ao contrário de tantas outras disciplinas teóricas do campo das Ciências Sociais, o Serviço Social é permanentemente confrontado com a pressão da resolução de problemas reais, que afectam indivíduos e populações e que influenciam o funcionamento da sociedade.
Surgem visões do Serviço Social como um campo de aplicação e execução de procedimentos ou conhecimentos saídos de outras sedes. A afirmação científica continua a estar na agenda deste campo profissional e prova da necessidade de continuar a trabalhar e a aprofundar este tópico é a escassez de material para especificar o que é as teorias do Serviço Social.
Teorias do envelhecimento, da delinquência juvenil, da doença mental e da exclusão social (entre outras) são teorias que ajudam a enquadrar as diferentes áreas problemáticas nas quais a profissão intervém. No entanto existe ainda uma sobreposição entre o pensamento sobre o que fazer e as diferentes formas de fazer. Encontram-se autores que na análise desta questão propõem uma distinção entre o chamado paradigma vigente e o paradigma alternativo. O primeiro é aquele em que o profissional se transforma num mero gestor de recursos. O segundo, defende uma postura profissional pautada por valores como o da participação das populações, do empowerment, da mobilização, da criatividade, e da não estandardização de respostas. A prática profissional muitas vezes é (paradigma vigente) e aquilo que devia ser (paradigma alternativo), apesar disto, a análise feita ao Serviço Social está longe de trazer um contributo substantivo para clarificar o que são e quais são as suas teorias.
2.Proposta para uma categorização
Uma das discussões