O SERVIÇO SOCIAL NAS ULTIMAS DECADAS

O Serviço Social surgiu no Brasil em 1934, considerado tardio em relação aos países da Europa, isto é, se deu no arcabouço do processo de industrialização. No início aparece como estratégia do laicato e do estado que tinham os mesmos interesses dos capitalistas, ou seja, uma maneira de exercer o controle social sobre a classe trabalhadora, evitando assim, qualquer conflito ou transgressão da ordem, da moral e do poder. Os primeiros assistentes sociais tiveram sua formação baseada no modelo franco belga, arraigado à base do humanismo cristão herdado do tomismo e do neotomismo, reproduzindo ações caritativas da Igreja Católica. Neste período os assistentes sociais se limitavam a atender a classe dominante, sendo meros reprodutores de práticas determinadas pelo capitalismo sem qualquer análise crítica da realidade. No regime do Estado Novo na era Vargas, sob o decreto nº 525 foi criado o Conselho Nacional de Serviço Social, tendo como objetivo opinar sobre questões sociais e na subvenção às obras sociais. Em 1944 com a divisão sociotécnica do trabalho, há a legitimação da profissão. Os assistentes sociais começam a assumir funções de coordenação e planejamento dos programas sociais. Uma das primeiras áreas no setor público foi a da Previdência Social, instituída pelo Conselho Nacional do trabalho. Em 1947 com a promulgação do 1º Código de Ética Profissional do Assistente Social, a categoria começa a busca por recursos técnicos e interventivos capazes de executar programas sociais mais efetivos. Traçando um perfil histórico e crítico da trajetória do Serviço Social, salientamos a importância do Movimento de Reconceituação, sendo este um divisor de águas na redefinição e atuação do pensar na profissão. Na década de 1961-1964 inicia-se uma perspectiva crítica ao serviço social tradicional. A categoria dos assistentes sociais busca alternativas de