O Romantismo

O Romantismo: A emoção que inspirou o nacionalismo da obra “Die Walküre” de Wagner No início do século XIX, um novo período se iniciava: o Romantismo. Fundamental para o entendimento da consolidação dos Estados Nacionais Europeus, bem como os fragmentados territórios germânicos e italianos, este movimento, cuja influência foi mais abrangente do que apenas no mundo artístico, surgiu devido a um contexto muito peculiar. Os princípios arcadistas do século XVIII (que pregavam em suas poesias uma vida bucólica voltada à natureza, cada vez mais com suas obras voltadas para o homem e suas relações consigo mesmo e externas, fundamentados nas concepções clássicas (vindas das matrizes greco-romanas) e iluministas, com enfático uso da razão) culminou com os conceitos romantistas da época. De acordo com Donaldo Schüller, professor de literatura grega, “O homem confrontando-se com seus limites é uma invenção grega”. Pois bem, seguindo esta lógica (e visto que o desenvolvimento de forma abrupta do pensamento racional, ou melhor, o desenvolvimento cada vez maior da capacidade de respostas racionais para questões do mundo, gerou no homem uma curiosidade que já não mais se controlava desde os tempos gregos), conseguimos entender parte do ideal do romantismo. Perguntas como “quem somos?” e “o que somos?” foram vitais para o surgimento do nacionalismo na Europa, quando uma mesma nação, mesmo separada, seguiu de forma quase épica, um caminho para a união, pois uma nação não é compreendida pelo território em que se encontra, e sim pela cultura mesma que detém.
No século XVIII, movimentos de incentivo a dinazamização do culto aos valores culturais foram de suma importância para o ideal de união. Na Alemanha (povos germânicos), por exemplo, com o “Sturm Und Drang”, postulou-se uma poesia mítica, selvagem e simples, baseada nos mitos da região. É a partir daí que adquirimos base suficiente para entender a importância que a composição de R. Wagner, Cavalgada das Valquírias,