O RISO NO TEATRO DE MARTINS PENA E DE ARTHUR AZEVEDO

O RISO NO TEATRO DE MARTINS PENA E DE ARTHUR AZEVEDO: UMA ANÁLISE POLÍTICO-SOCIAL A PARTIR DA COMICIDADE EM JUIZ DE PAZ DA ROÇA E AMOR POR ANEXINS

INTRODUÇÃO:
O presente trabalho tem por objetivo analisar a comicidade no teatro de Martins Pena e de Arthur Azevedo a partir de suas obras, O juiz de paz da roça e Amor por anexins, respectivamente, fazendo uma relação com o contexto político-social do período em que ambas foram escritas. Os autores são os primeiros representantes da comédia de costumes do teatro brasileiro, em que procuram, com uso da ironia e da apresentação caricata das personagens, ridicularizar e criticar a sociedade. Esta tradição remonta à Antiguidade a qual tenta promover, através do riso, uma reflexão do público a respeito dos comportamentos humanos e valores característicos de um determinado contexto social. Martins Pena estabelece uma discussão entre o funcionamento entre os três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), bem como as reprováveis diferenças nos diversos setores da sociedade e nos valores da capital e das províncias. O mesmo acontece com Arthur Azevedo que cria situações diversas para apresentar o Brasil sob a ótica de uma forte ironia. È justamente essa comicidade irônica que confere ao estudo desses textos uma relevância, haja vista que o riso moralizador é uma marca constante quando se trata de satirizar e criticar os mais distintos aspectos de uma sociedade.

METODOLOGIA:
Esta é uma pesquisa que se apóia em um estudo diacrônico da comédia mundial em que se faz relação das obras dos autores em questão com as primeiras manifestações do gênero, considerando o aspecto cômico inerente a elas. Cita-se Plauto como um dos precursores dessa modalidade literária, cujas obras representavam com fidelidade a realidade dos romanos da época através de personagens de origem popular e situações cotidianas envolvidas num enredo simples o que levava ao riso quando percebido pela platéia o quão eram condenáveis as atitudes humanas.