O REALISMO E O NATURALISMO NO BRASIL

O REALISMO E O NATURALISMO NO BRASIL
Em 1881, iniciam-se oficialmente o Realismo e o Naturalismo na literatura brasileira, com a publicação de dois romances fundamentais: Memórias póstumas de Brás cubas, de Machado de Assis (marco do surgimento do Realismo), e O mulato, de Aluísio Azevedo (marco do surgimento do Naturalismo).
Trata-se de obras modelares no panorama de nossa literatura, pois, apesar de serem muito diferentes, apresentam um traço comum: o triunfo da observação da realidade. Por meio delas, o romance brasileiro ultrapassa a função de entretenimento para assumir mais explicitamente a vocação de desvendar as contradições sócias do país.
Segundo alguns estudiosos, a época estudada realizou os principais desafios iniciados com Independência: a consolidação do processo de manutenção da vida nacional e a incorporação da cultura e da literatura como forças sócias vivas e atuantes. Entre 1875 e 1922 floresceu uma geração preocupada em estudar o Brasil, por meio de atividades intelectuais díspares e complementares, como o jornalismo, a oratório civil, a história, a crítica literária, e ensaísmo etc.
Especificamente no que diz respeito à literatura, ocorre a aceitação do escritor por setores instruídos das classes dominantes e médias, como mostra a fundação da Academia Brasileira de Letras (1897), que significa, simbolicamente, a oficialização da atividade literária.
Nesse contexto, Machado de Assis, que fundou a Academia e foi seu primeiro presidente, erige-se como figura tutelar, paradigma e maior expoente de nossas letras.
O realismo psicológico machadiano, de amplitude ao mesmo tempo nacional e universal, e o naturalismo conjugado coma s questões vivenciadas pelo país, de Aluísio Azevedo, ecoam na obra de Raul Pompeia, outro grande escritor do período.

Cronologia do Realismo Naturalismo e Parnasianismo
Segunda metade do século XIX
Realismo
Início 1881 – Publicação de Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis.
Naturalismo
Início 1881 –