O que é um grupo?
Cada indivíduo, que possui suas particularidades e individualidades assume-se enquanto participantes deste grupo, visando um resultado final que estabeleça o desejo de cada membro.
De acordo com Wallon, o indivíduo é um ser “geneticamente social”, ou seja, a identidade de cada pessoa é construída a partir das suas relações como outro, com aqueles que compõe o seu convívio social. Desta forma, sempre estamos acompanhados por um grupo de pessoas que vivem conosco permanentemente.
A autora expõe que há dois tipos de grupos: primário e secundário. A família é um grupo primário, sendo os secundários os grupos de trabalho, estudo, instituições, etc.
Dentro de um grupo há aqueles que compõem um ou mais papéis, sendo eles: Líder de mudança, líder de resistência, bode expiatório, representantes do silêncio e porta-voz. O líder de mudança é aquele que se encarrega de levar adiante as tarefas, enfrentamento, conflitos, buscando soluções, arriscando-se sempre diante do novo. Seu oposto é o líder de resistência, no qual sempre procura revidar as decisões do grupo, sabota tarefas e, como descreve a autora, “puxa” o grupo para trás, ou seja, dificulta o avanço das decisões, das mudanças necessárias para o aprimoramento do grupo. O bode expiatório é aquele que assume as culpas do grupo. Os silenciosos são aqueles que assumem as dificuldades dos demais para estabelecer a comunicação, porque num grupo, segundo a autora, se “queima” quem fala mais. O porta-voz é aquele que se verbaliza todas as sensibilidades do grupo, ele é o principal locutor das decisões.
Um grupo se constrói através das diferenças que, somadas, assemelham-se a um