O QUE É LINGUÍSTICA?

A lingüística distingue-se da gramática tradicional e normativa. Ela não tem, como essa gramática o objetivo de prescrever normas ou ditar regras de correção para o uso da linguagem. Para a linguística, tudo o que faz parte da língua interessa e é matéria de reflexão. Não é qualquer espécie de linguagem que é objeto de estudo da linguística: só a linguagem verbal, oral ou escrita.
Os sinais que o homem produz quando fala ou escreve são chamados signos.
Ao produzir signos o homem produz a própria vida com ele.
Os signos são fundamentais pois dão ao homem sua dimensão simbólica. A semiologia estuda os signos, que por meio dele o homem se comunica.
Há alem dos signos da linguagem verbal, muitas outras espécies de signos que povoam de linguagem a vida do homem: a pintura, a mímica, o código de transito, o moda etc.
Os signos da linguagem verbal têm uma importância tão grande para a humanidade que merecem uma ciência só para si: a lingüística.

No século XVII o estudo era Racionalismo viam a linguagem como representações do pensamento, tentavam mostrar que a língua obedece princípios racionais lógicos. E tais princípios regiam todas as línguas, e assim definem a linguagem.
A gramática que estes estudiosos constroem devem funcionar como maquina que possa separar automaticamente o que é valido e o que não é. Uma espécie de autônomo, regido pela lógica.
O alvo desses estudiosos é o de atingir uma língua ideal – língua universal, lógica, sem equívocos, sem ambigüidades, capaz de assegurar a unidade da comunicação do gênero humano.
Não é difícil reconhecer já ai o sonho do homem moderno em ter o controle do mundo por meio das maquinas. Esse ideal traduzido para a atualidade, é a língua metálica, a dos computadores, universal e sem falhas.
“Há uma gramática que é tida como modelo por grande número de gramáticos do século XVII: é a Gramática de Port-Royal, também chamada de Gramática geral e racional (ou Razoada) dos franceses Claude Lancelot e Antoine Arnauld,