O Que as Crianças Deveriam Aprender

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Dentro de um mundo que chamamos de “mundo das aparências”, um cenário ideal criado pela sempre faminta indústria, ou processo doutrinário, do “vender qualquer coisa”, onde se incluem objetos, ideias e ideais, a construção de uma personalidade “batizada”, quer dizer condicionada, tornou-se sua principal meta existencial.

Observe o mundo artificial que criamos para nossos pequenos. Os personagens não são de verdade, os objetos são modificados, ganham uma aparência bizarra, que categorizamos como engraçados. Quem define o que é engraçado, nós ou as crianças? Quem cria o conceito de engraçado, nós ou nossas crianças? Claro que não são elas, elas são os consumidores finais, o alvo de tais criações. Assim, se somos nós, não se trata tão somente de uma forma de condicioná-las? Idealizamos o engraçado, damos forma a esse engraçado, e a etapa seguinte é a tarefa de convencê-las de que aquilo é de fato engraçado, e está feito.

A mesma coisa é válida para as fantasias, os reinos mágicos, encantados, criados para entretê-las. O que esperamos obter com tal tradição? Isso ainda não temos como saber, e normalmente nos deixamos levar pela conversa dos “especialistas”, afinal de contas, eles devem saber. Mas, será que sabem? E só repetimos aquilo que um dia já herdamos de outros. E se há algum ensinamento educativo, ético, proveitoso, seja lá o que for, que tal prática verdadeiramente seja capaz de promover, aparentemente, a coisa ainda não logrou o desejado, pretendido e cognitivo efeito. Para uma imensa, bem estruturada e sólida indústria, a mesma que cria tais fantasias, e seus espetaculares mundos abstratos, há um efeito, e este conhecemos bem, chama-se lucro. Pelo menos para eles a coisa já é um sucesso. E há todo um corpo docente, os criadores, e por trás deles uma espetacular máquina publicitária, a tentar nos convencer que essa é a coisa certa.

Diversão não precisa estar casada com ilusão. Diversão é uma coisa, é uma atividade lúdica com objetivos cognitivos

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