O que é cidadania

O pensamento positivista e a sociologia de
Augusto Comte

Ao iniciar suas reflexões, de encontro á realidade histórica da sociedade em que vivia, Comte percebeu que uma crise histórica entre a ordem feudal e a nova ordem capitalista, alicerçada na ciência e na indústria, instaurar-se-ia e posteriormente poderia causar uma desagregação moral e intelectual na sociedade do sec. XIX, resultando em um estado de caos, o qual ele afirmava encontrar-se a Europa após as revoluções industrial e francesa. Segundo Comte, o fundamento das relações sociais era o conjunto de princípios adquiridos pela coletividade, este conjunto encontrava-se em desacordo com a nova ordem burguesa, deste modo, a crise só seria superada quando fosse construída uma nova coesão de pensamento e reconstruído a ordem, a partir da modernização industrial e cientifica. Enfim, ele almejava a interferência direta na ordem social, a fim de otimizar e acelerar o seu desenvolvimento. Em 1839, Comte conceituou e ligou a nova ciência definida por ele, Sociologia do positivismo, chamando-a de Física Social. Para ele esta disciplina deveria adotar os modelos do método positivos das ciências naturais, ou seja, acredita na existência de leis naturais capazes de promover o desenvolvimento humano e social. Alem disso, Comte seguia a física de Isaac Newton e as idéias mecanicistas e reducionistas, promovidas pela mesma, como paradigmas capazes de descrever corretamente a realidade social; utilizando-as desta maneira, como fundamento para suas teorias.
Sendo assim, a surgimento da Física- Social, contribuiu não apenas para a criação de um novo ramo do conhecimento, já que com ela o positivismo contribuiria para a formação da nova ordem burguesa. Comte pregava que a sociedade industrial precisava passar por mudanças morais importantes para seguir-se na direção correta, estas mudanças seriam acionadas pelos cientistas e industriais, pois desta forma o progresso teria livre