O príncipe e a Idade Moderna
O período renascentista (Séc. XIV á XVI aproximadamente) foi marcado pela transição da Idade Média com a Idade Moderna. Este marco foi nomeado como Renascimento em virtude da redescoberta e revalorização das tradições e referências culturais da antiguidade Greco-romana (clássica), levando então a uma mudança para atingir os ideais humanistas e naturalistas. Em sua obra “O Príncipe”, o autor Maquiavel (1469-1527) escreve conselhos políticos para o príncipe e ressalta a importância da cultura Clássica ao dizer:
[...] Vossa Excelência, eu vos desejo oferecer uma prova de minha devoção e não encontrei nada, entre tudo que possuo que eu mais preze do que o conhecimento das ações dos grandes homens, adquirido através de uma longa experiência dos empreendimentos modernos e do estudo contínuo da história antiga. (MAQUIAVEL, 1513,cap.1)
Nesse trecho observa-se a relação do homem com o conhecimento, pois ao demonstrar sua devoção ao príncipe, Maquiavel (1469-1527) menciona o que considera uma das coisas mais importantes de sua vida, a sabedoria. E como neste período resgata-se a cultura clássica, ele faz referência à antiguidade como sendo uma das sociedades de maior relevância cultural e estrutural para os homens modernos.
ANTROPOCENTRISMO E HORIZONTALIDADE
A transição fez com que as visões religiosas e culturais se modificassem, e novas ideologias fizeram o homem perceber que a intervenção da Igreja acabou limitando o contato com o conhecimento, busca de fontes literárias e documentais. A partir dessas ideias os homens começaram a observar que o pensamento teocêntrico era mais complexo que o próprio homem e ultrapassava seus limites intelectuais e racionais, então resolveram buscar outras formas de apurar os fatos, continuaram á acreditar na existência de Deus, porém analisando o homem e natureza como ser de manifestação do Divino. O pensamento teocêntrico é verticalizado, ou seja, vem de Deus