O professor que eu conheço

O professor que eu conheço
Flori Jane Pizeli Teixeira Spósito

O professor que eu conheço, e com o qual convivo de quatro a nove horas por dia, ama o que faz. É literalmente apaixonado pelo fazer educacional. É aquele professor ou professora que professa a sua fé na arte de educar diariamente, é aquele do qual exala um saber especial e, cuja presença e estratégias encantam, conquistam o aluno, transformando-o em um ser ávido de participar, de aprender, de corresponder.
O professor que eu conheço aceita desafios, abre-se à mudança, aventura-se, mas não sem antes encontrar uma segurança irrepreensível que, muito possivelmente, escava do fundo de um ideal lúcido e uma convicção serena, mas poderosa, sobre como ser um verdadeiro mestre. É o mesmo que entra em minha sala com frequência e conta, com os olhos inquietos e brilhantes, as conquistas do dia, os comentários interessantes e inteligentes de suas crianças e convida-me para assistir esses momentos especiais, vibrando sinceramente com os avanços, preocupando-se com os retrocessos ou com as dificuldades que surgem pelo caminho.
Esse, é o mesmo que, às vezes, se desaponta com imprevistos que perturbam o planejado, mas bravamente supera seu próprio desencanto, reencantando-se sempre e sempre, com novos planos, com ideias criativas, com propostas atraentes e valiosas. Reconhece medidas inócuas, distingue soluções viáveis não se deixando engajar em novidades sem mérito.
É um vulcão espalhando larvas de entusiasmo e, ao mesmo tempo, um pote de mel, de uma doçura desconsertante. É fonte de palavras que seduzem, que confortam e convencem. É portador da força e, ao mesmo tempo, da paz que cada criança precisa para concentrar-se, para descobrir, para aprender.
É múltiplo e único, é plural e singular, abrigando, acolhendo e promovendo o impulso que ensina a voar. Protege e expõe, mas geralmente na medida certa, com seu tino, sua intuição e sua sabedoria pessoal.
Esse professor tem vários nomes: Adriana, Ana Paula,