o problema do gricerol

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O problema

Nos últimos tempos, tem corrido a notícia de que a empresa Delta Energia, produtora de biodiesel, tem tentado instalar sua fábrica no estado do Mato Grosso do Sul. Para isso, sugeriu-se inclusive a formação de uma cooperativa de produtores rurais para cultivo de pinhão manso, do qual a empresa, após adquiri-lo, irá extrair o óleo necessário para a produção de biodiesel. Contudo, a instalação da fábrica não foi liberada pelos órgãos ambientais, já que, na produção de biodiesel, se tem como subproduto o glicerol, substância à qual se deve dar um fim adequado, tendo em vista que seu acúmulo pode gerar risco ambiental e diversos problemas.
Nesse sentido, nós, como membros da equipe técnica-científica da Delta Energia, em parceria com a Union Ambiental e a IMASUL (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) buscamos um plano de reutilização do glicerol. Afinal, para se viabilizar a comercialização de biodiesel, deve-se buscar aplicações de larga escala ao subproduto, de forma que este tenha seu volume excedente consumido, o que agregaria valor à cadeia produtiva. O glicerol

O glicerol ou 1,2,3-propanotriol, líquido à temperatura ambiente, é um composto orgânico com três funções álcool, existindo em todas as gorduras e óleos vegetais e animais na forma combinada de glicerol com ácidos graxos. Seu principal meio de obtenção se dá a partir da reação de transesterificação de óleos vegetais (no nosso caso, óleo de pinhão) com álcoois (geralmente metanol e etanol) para formação de biodiesel, utilizando-se para isso um catalisador (geralmente básico), de acordo com a seguinte equação:

Produção de biodiesel a partir da transesterificação de óleos vegetais

O óleo vegetal utilizado na transesterificação é um triglicerídeo, ou seja, um triéster originado da glicerina. Na reação, são necessárias 3 moléculas de álcool para cada molécula de triglicerídeo, formando três moléculas de éster (biodiesel) e uma molécula de glicerol (a problemática do

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