o problema da verdade - concepções e critérios

O problema da Verdade

Só o conhecimento verdadeiro pode servir às necessidades práticas e existências do ser humano. Quanto mais verdades sabemos, mais livres somos. “Conhecereis a verdade e a verdade vos tornará livres.” (Evangelho de S. João, cap. 8, 32)
O conhecimento é o reflexo e a reprodução do objeto em nossa mente, então o conhecimento verdadeiro é aquele que reflete corretamente a realidade na mente. A verdade é a correspondência, a concordância, a conformidade, a adequação, do pensamento com o ser, do sujeito com o objeto: Adaequatio intellectus cum re. É o reflexo fiel do objeto na mente, a adequação do pensamento com a coisa.
O contrário da verdade é o erro, e o contrário do juízo verdadeiro é o falso. O erro é a inadequação do pensamento com a coisa.
Para que um juízo seja verdadeiro, não é necessário que a conformidade entre o juízo e a coisa seja total ou perfeita e represente tudo o que o objeto é, pois nossos conhecimentos podem ser verdadeiros sem ser completos, perfeitos ou exaustivos. Diferença entre realidade relativa e realidade absoluta. (mais adiante).
O conhecimento é o reflexo subjetivo (na consciência do sujeito) das propriedades objetivas (objeto exterior). Desse modo, o conteúdo do conhecimento tem caráter objetivo, existe fora e independente de nós.
O que existe na realidade não pode ser verdadeiro ou errado. Simplesmente existe. Verdadeiros ou errados só podem ser nossos conhecimentos, percepções, opiniões, conceitos e juízos. Verdadeiro ou errado pode ser apenas o reflexo subjetivo da realidade objetiva.
Muitos filósofos céticos e idealistas afirmam que a verdade não tem caráter objetivo, que a verdade é relativa, múltipla e subjetiva, que cada sujeito tem sua verdade. Isso é errado.
Por exemplo, para Sartre, a palavra verdade perdeu todo sentido, pois só existem verdades subjetivas e convencionais, pois cada um tem seu próprio mundo.
Tais filósofos confundem os sentidos diferentes dos conceitos de “objetivo” e