O problema da pobreza
Disciplina de Filosofia
O Problema
Da Pobreza
Kâmia Espírito Santo Craveiro
10º A
Nº8
Será que temos a obrigação moral de ajudar aqueles que se encontram em situação de pobreza absoluta?
Há quem defenda que sim, que temos a obrigação de ajudar aqueles que se encontram numa pobreza absoluta. A pobreza absoluta foi definida como “ausência de rendimento suficiente em dinheiro ou em espécie para satisfazer as necessidades biológicas mais básicas de alimentação, vestuário e habitação”. Peter Singer é um dos filósofos que defende que devemos ajudar os pobres. Afirma que se podermos impedir que um mal aconteça sem sacrificarmos nada de importância moral comparável, devemos fazê-lo, visto que a pobreza absoluta é um mal e que há alguma pobreza absoluta que podemos impedir que aconteça, sem sacrificar nada de importância moral comparável.
Singer defende também que a diferença entre actos e omissões não é moralmente relevante, ou seja, defende que quem não faz nada ou quase nada para salvar a vida dos pobres, encontra-se ao mesmo nível daquele que mata directamente.
Mas há quem defenda que há uma diferença moralmente relevante entre actos e omissões. Quem defende isto são os deontologistas, ou seja, aqueles que rejeitam o utilitarismo. Os deontologistas defendem que há diferença entre não ajudar os pobres e enviar uma tarte envenenada a alguém, mesmo tendo o mesmo resultado. Porque quem envia uma tarte envenenada pretende matar alguém, ou seja, age de maneira intencional e quebra um direito, o direito à vida, e quem nada faz para diminuir a pobreza absoluta não quebra nenhum direito.
Os deontologistas afirmam também que não somos responsáveis pela morte de pessoas devido à pobreza absoluta, porque não podemos ser responsáveis por algo que não causámos. Defendem ainda que é muito injusto que sejamos condenados por querer usufruir do rendimento que recebemos justamente pelo nosso árduo trabalho.
Estou de