O problema da organização econômica
No primeiro semestre de 2012, o desempenho da atividade econômica brasileira foi influenciado pelo agravamento da crise internacional, que abateu o ânimo dos investidores e tornou os consumidores mais cautelosos. A retração de vários mercados consumidores afetou as exportações dos países emergentes, desde as chinesas até mesmo as brasileiras. Nesse contexto de fraqueza da demanda nas economias avançadas, o fluxo de exportações para a economia brasileira se intensificou, acirrando ainda mais a disputa com a indústria doméstica. Porém, com a mudança do patamar da taxa de câmbio, com medidas de estímulos à demanda doméstica, deu-se início a reação da indústria local. No âmbito doméstico, o PIB do primeiro trimestre foi afetado também por intempéries climáticas que prejudicaram momentaneamente o desempenho da agricultura brasileira. Vale ressaltar que, ao contrário do que foi visto em vários países, a economia brasileira não registrou queda de crescimento no primeiro semestre de 2012. Mais importante ainda são os sinais claros de recuperação da atividade econômica, que já podem ser observados em indicadores do segundo semestre de 2012. Além de diversas medidas de desonerações tributárias, boa parte delas voltadas para os investimentos, a economia brasileira tem o impulso significativo da queda na taxa de juros. Essa mudança econômica histórica não só reduz os custos financeiros da economia, mas também estimula os empresários a investirem e os poupadores a procurarem alternativas de investimentos que vão financiar a produção. A essa transformação estrutural, o Governo estimula os investimentos por meio das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que neste ano foi ampliado com o PAC-Equipamentos e com o recente anúncio de novas concessões em rodovias e ferrovias, conforme o Plano de Investimentos em Logística.
Crescimento econômico: demanda e oferta
A estabilidade da taxa de