O princípe

Liberalidade e parcimônia: analogias entre o príncipe e o empresário.

No capítulo de XVI do livro O príncipe, escrito por Nicolau Maquiavel, – historiador, diplomata, poeta e musico, nasceu em Florença, na Itália, em 3 de maio de 1469 e morreu em 22 de julho de 1527, serviu e orientou reis e nobres de sua época – encontramos uma reflexão sobre o equilíbrio entre uma conduta liberal e uma conduta parca (economizar gastos), como o fito da manutenção do poder. O referido livro foi endereçado na época à Lourenço de Médicis, Duque de Urbiano, sendo uma oferenda revelando os seus conhecimentos sobre o poder dos reis e do Estado, os meios de mantê-lo e as qualidades que um líder deve observar, estabelecendo estratégias adequadas para isso.
De igual modo, mas analogicamente, o livro O príncipe revisitado: Maquiavel e o mundo empresarial, escrito pelos autores Aderbal Nicolas Muller e Luís Roberto Antonik, revive os ensinamentos de Maquiavel mas aplicado no ambiente empresarial, destacando as qualidades e virtudes que o empresário deve seguir para galgar o sucesso.
No citado capitulo, assim também encontrado no segundo livro, as ideias trazidas enfrentam o dilema da liberalidade e da parcimônia do príncipe, cuja conduta deve ser virtuosa de modo a não endividar-se e ao mesmo tempo garantir boa fama no círculo social. Com outras palavras, a liberalidade pode ser exercida propiciando reputação de generosidade, ou seja, a fama de liberal tem como pressuposto a demonstração de suntuosidade. Contudo, tal prática gera efeitos maléficos, como majoração dos impostos ou até confisco, acarretando na sua execração. O mesmo pode ser aplicado ao empresário, se dispendioso implica na busca por ganhos de qualquer procedência, inclusive de forma desonesta ou ilícita, acarretando na abominação pela comunidade empresarial, infâmia pelos empregados, sociedade em geral e pelo Estado, na qual cabe aplicar sanção enquanto na função de fiscalizador.
Neste interim, a fama de avaro também