O preste joão

O preste joão D. João, quando foi atingir a ïndia pelo mar, entregou essa missão à Afonso de Paiva e Pero Covilhã. Este diz que chegou ao seu destino, porém antes encontrou Preste João.
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quem foi?
Foi um soberano lendário a quem na Europa medieval atribuiu-se o domínio de um estado cristão encravado no mundo muçulmano.
Preste seria o dono de fabulosos tesouros, habitaria um palácio de ébano e cristal, com teto de pedras preciosas adornado de estrelas, com colunas de ouro.
A primeira notícia referente ao Preste João encontra-se na crônica do Bispo Otto von Freisingen, que a ouviu em Viterbo, da boca de Hugo, Bispo de Gábala. Segundo o bispo sírio, um Johannes Presbyter teria, alguns anos atrás, alcançado uma esmagadora vitória sobre os medos e persas; pretendera seguidamente vir libertar Jerusalém, mas não conseguiu atravessar o Tigre.
Foi sucessivamente confundido com o chefe nestoriano de uma povoação turca da Mongólia, depois com o khan mongol Hulagu, e por fim com os soberanos etíopes.
A popularidade do nome e da lenda veio sobretudo com uma carta apocrifa, que circulou a partir de 1165, supostamente escrita por Preste João e endereçada ao imperador bizantino Manuel e, em versões subseqüentes, a Frederico Barbarroxa e ao rei da França. Desta carta conhece-se centenas de cópias manuscritas, em diversas línguas. Seu conteúdo foi desenvolvendo-se em outras versões, incorporando novos elementos.
O desejo de chegar a esse aliado da cristandade foi uma das motivações ideológicas das grandes descobertas.
O infante D. Henrique de Portugal esperava encontrá-lo e obter seu apoio em sua aventura oriental. Embaixadores do reino de Preste João teriam estado na península Ibérica em 1427, 1450 e 1452. Cronistas da época como Azurra, e pesquisadores recentes como Jaime Cortesão asseguram que o infante desejava estabelecer relações com esse príncipe cristão e tê-lo como aliado na luta contra o Islã.