O Positivismo de Auguste Comte em “A Festa” de Ivan Ângelo
Sociologia e Política
O Positivismo de Auguste Comte em “A Festa” de Ivan Ângelo
São Paulo, Junho de 2014
Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo
Sociologia e Política
O Positivismo de Auguste Comte em “A Festa” de Ivan Ângelo
Gabriela Nardy de V. Leitão
Katia Cordeiro
São Paulo, Junho de 2014 José Carlos Bruni, em sua tese “Poder e Ordem Social na Obra de Augusto Comte”, para além das questões que tornaram Comte reconhecido, traça uma análise do pensamento comteano focada em seu conteúdo político que, para Bruni, originaram o seu pensamento positivista. A tese afirma que Comte consolida o poder burguês na sociedade pós-capitalista e é o fundador de “uma nova política e um novo modo de pensar: o moderno autoritarismo”. A partir desta abordagem será analisado o trecho intitulado “B) de um delegado de polícia social”, do livro “A Festa”, e as falas de seu narrador, o delegado Humberto Levita.
Marilena Chaui resume a interpretação de Bruni a respeito de Comte como um olhar sobre a “articulação entre ciência e poder, mostrando como essa articulação está presente nos termos que deram origem à sociologia - crise (divisão e cisão do social, a revolução) e ordem (a unidade orgânica e harmoniosa do social, a estabilidade, hierarquia e autoridade)”.
Em suas obras de maior renome, Comte primeiro expõe seu pensamento positivista e epistemológico – parte de seu trabalho que o tornou famoso como precursor da sociologia, para só depois tornar óbvia sua visão política. Humberto Levita, o delegado de Ivan Angelo, percorre o mesmo caminho em sua narrativa - no primeiro parágrafo ele nos fala que “o raciocínio é novamente ameaçado pelo Milagre” e cita exemplos do retorno crescente de crendices e superstições. Seu posicionamento é uma