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O planejamento urbano no Brasil passou por algumas mudanças acompanhando as mudanças históricas do país. VILLAÇA (1999) ao tratar sobre a história do planejamento urbano, apresenta três períodos, cuja importância se fez notável, a qual permite analisar o caráter do mesmo. Os períodos destacados pelo autor compreendem: 1875 – 1930; 1930 a 1990; e de 1990 em diante.
No período compreendido entre 1875 e 1830, o autor destaca as obras de embelezamento e melhoramento feitas principalmente nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo. Este é um planejamento de origem renascentista, cuja ênfase está na beleza monumental e possui como um de seus exemplos mais ilustrativos a City Beautiful de Washington. No Brasil, em meados na década de 1930 esse tipo de planejamento representava a ação concreta do Estado, com objetivos que não condiziam com o discurso. Villaça destaca que “Foi sob a égide dos planos de embelezamento que nasceu o planejamento urbano (lato sensu) brasileiro” (p. 193). Ao dar o exemplo do Rio de Janeiro, o autor afirma que, já no início do planejamento no Brasil, constatou-se que “(...) os interesses imobiliários estavam por detrás dos grandes projetos urbanos, os quais patrocinavam, discutiam, defendiam ou atacavam”. (p.195)
O segundo período da história do planejamento urbano no Brasil vai de 1930 a 1990, Villaça dá ênfase à evidência do discurso dominante, o qual se baseava na tentativa de esconder a origem dos problemas, atribuindo ao planejamento à função de solucioná-los, os problemas eram, portanto, entendidos como fruto do crescimento caótico, para os quais a solução estaria no planejamento com técnicas e métodos bem definidos. Para o autor, “Essa é a tendência do planejamento que ainda perdura” (VILLAÇA,1999, p. 183).
Assim, com o passar dos anos, o planejamento vai se tornando cada vez mais próximo dos interesses dos agentes ligados à iniciativa privada, seus traços tomam forma a cada adequação (necessária) no discurso dominante para manter o

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